A dor plantar no calcanhar é uma condição prevalente que os cirurgiões ortopédicos continuam a enfrentar. A função e a origem da dor têm sido difíceis de compreender devido à anatomia complexa que envolve o calcanhar e a área plantar do pé.
Esporões calcâneos, síndromes de compressão nervosa local e até infecções como tuberculose já foram associadas à fisiopatologia1 da fasciíte plantar. Aproximadamente 1 em cada 10 pessoas desenvolverá dor no calcanhar durante a vida e acredita-se que 1% de todas as visitas a ortopedistas sejam por dor no calcanhar.
A fáscia plantar é composta por faixas de tecido fibroso (similar a tendões, mas inelástica) que se estendem da face ântero-medial da tuberosidade do calcâneo até as bases das falanges proximais. Septos verticais fortes separam as partes medial, central e lateral da fáscia plantar, dividindo os músculos plantares intrínsecos em três compartimentos.
Quando os dedos do pé fazem a extensão durante a fase de apoio da locomoção, ocorre tensão em toda a fáscia plantar, que exerce cargas de tração até sua origem calcânea. O mecanismo de polia eleva o arco longitudinal como resultado da transmissão dessa carga de tração. As altas pressões de tração concentram-se na origem da fáscia plantar durante a fase de impulsão da marcha, com dorsiflexão das articulações metatarso-falangeanas através do mecanismo de polia, devido à sua qualidade inelástica.
COXIM GORDUROSO PLANTAR
A velocidade da marcha de um homem saudável é de cerca de 82 metros por minuto, com uma cadência de 116 ciclos de marcha por minuto. Cada impacto do calcanhar gera 110% do peso corporal, mas pode concentrar até 250% do peso corporal com a corrida. O coxim gorduroso plantar começa a se degradar por volta dos 40 anos, à medida que o colágeno, o tecido elástico e a água são perdidos, fazendo com que a espessura e a altura totais do coxim diminuam; ocorre o adelgaçamento como resultado dessas mudanças, resultando em menor absorção de choque e proteção da tuberosidade do calcanhar.
Fisiopatologia é o estudo das funções anormais ou patológicas dos vários órgãos e aparelhos do organismo. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o funcionamento normal e determinam as características clínicas, o curso e também o prognóstico da doença.
Fisiopatologia, pode também ser definida como o desenvolvimento da doença.